Você poderia explicar melhor esses movimentos para mitigar riscos e aprimorar os retornos?
Além das mudanças nas alocações que já citei, fizemos outros ajustes importantes. Entre eles, está a mudança de nossa infraestrutura de gestão das carteiras de investimento. Antes, cada perfil possuía suas alocações nos diferentes papéis e, quando havia movimentação de participantes, era preciso vender títulos de um perfil e comprar no outro. Agora, criamos carteiras específicas por tipo de papel e, sempre que necessário, fazemos vendas de cotas, gerando uma redução interessante de custos de gestão, que se reflete na rentabilidade, e simplificando o processo de migração de recursos.
Outra iniciativa foi a revisão de nossa gestão de multimercados. Por se tratar de um segmento muito diversificado e complexo, resolvemos contratar um consultor para que tenhamos mais expertise e melhor análise de risco e performance em nossas tomadas de decisão.
Ou seja, não fomos espectadores diante do cenário adverso, buscamos um forte protagonismo para enfrentar as graves oscilações de 2021, desenvolvendo soluções em todas as pontas para reduzir perdas e desenhar uma posição mais segura para os próximos anos. Afinal, vale lembrar que 2022 será um ano eleitoral, o que costuma ser sinônimo de grandes flutuações nos mercados.