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Imagine você pensando nas despesas do próximo mês sem ter a menor ideia de quanto vai receber para dar conta desses gastos. Pois é exatamente assim que 7 entre 10 brasileiros agem quando o assunto é a chegada da aposentadoria!
Esse é um dos muitos dados impressionantes da pesquisa “A percepção dos brasileiros sobre a necessidade de proteção e planejamento: o papel dos seguros e da previdência”, realizada pelo DataFolha a pedido da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida). Entenda, a seguir, como foi feita a pesquisa e seus principais resultados:
Quando e quem
Em julho de 2023, o DataFolha realizou 2.008 entrevistas:
52% mulheres e 48% homens;
de 18 anos a 60+, com idade média de 43 anos;
com renda média de R$ 4.382,00;
com níveis variados de escolaridade (33% ensino fundamental, 46% ensino médio e 21% superior);
das 5 regiões brasileiras (43% Sudeste, 26% Nordeste, 15% Sul, 8% Norte e 8% Centro-Oeste)
23% das classes A/B, 48% da C e 29% D/E.
Os impactos da pandemia
A primeira pesquisa da Fenaprevi foi divulgada em dezembro de 2021, em plena pandemia de covid-19. Por isso, nessa segunda edição, também foram avaliadas as consequências da crise sanitária na vida dos brasileiros. Entre os entrevistados, 4 em cada 10 (41%) afirmam que tiveram sua vida financeira afetada pela pandemia, 32% sofreram com sequelas emocionais e 17% com sequelas físicas.
Hoje, entre as maiores preocupações, estão não ter como arcar com despesas médicas (24%) e desamparar a família em caso de falecimento (17%). As formas mais apontadas para diminuir os efeitos dessa situação são poupar/investir (38%) e fazer seguro/previdência (11%). Com a pandemia, subiu de 21% (em 2021) para 28% o número de brasileiros que se preocupam em guardar dinheiro. No entanto, os objetivos e estratégias ainda não são claros entre os entrevistados.
Metas financeiras
Quando o assunto é planejamento financeiro, 77% dizem se programar. Desses, apenas 58% pensam no assunto com frequência e têm objetivos para os próximos doze meses, porém o percentual vai caindo conforme aumenta o horizonte de planejamento.
Mas o que alegam os que não têm objetivos financeiros definidos (23% do total)? Essas são as principais respostas:
21% dizem não ter recursos financeiros suficientes
14% não pensam no futuro
5% afirmam já ter atingido o objetivo de “viver bem”
3% declaram que “o futuro a Deus pertence”
3% dizem não ter informação suficiente
2% não conseguem se programar porque têm problemas de saúde
Quando perguntados sobre quais são os desafios e obstáculos para se planejar financeiramente, a maioria diz não conseguir reduzir as despesas ou ser capaz de gerar renda extra. No entanto, chama a atenção o dado de que 1 em cada 3 pessoas (33%) disse “sempre aparecer uma despesa não prevista”. Ou seja, a elaboração e acompanhamento do orçamento doméstico mensal passa longe dos lares brasileiros!
Entre os entrevistados que têm metas de planejamento financeiro, as ações mais recorrentes para atingir seus objetivos são poupar ou guardar dinheiro, sem especificar de que forma (31%), trabalhar mais (27%) e fazer investimentos (21%), sendo a poupança a principal opção.
> Sobre a questão da poupança como investimento, vale conferir essa matéria que publicamos aqui no Blog.
E a aposentadoria?
A pesquisa revelou que 4 em cada 10 entrevistados (42%) contam apenas com o INSS quando pensam em se aposentar – vale destacar que, na pesquisa de 2021, esse percentual era de 31% – ou seja, o cenário piorou. E mais: a maioria (66%) não sabe quanto irá receber mensalmente. Os que dizem saber acreditam que receberão em média R$ 2.006,51.
Nesta edição da pesquisa, 12% afirmam que a previdência complementar será sua fonte de renda na aposentadoria contra 7%, em 2021, o que revela um crescimento significativo. As mulheres são maioria entre os que contam somente com o INSS. Os homens indicam mais frequentemente que deverão se sustentar com a venda ou o aluguel de imóveis ou que terão outro bem ou negócio para se manter.
O curioso é que, em meio a esse despreparo, mais da metade (56%) sonha em se aposentar até os 60 anos. Porém, quando pensam sobre o que de fato acontecerá, boa parte acredita que irá trabalhar bem mais que isso ou até mesmo que nunca conseguirá parar. Sobre a situação financeira após a aposentadoria:
57% dizem que terão de cortar gastos;
31% acreditam que conseguirão manter o padrão de vida atual;
8% acham que não conseguirão se sustentar e passarão dificuldade.
Maior cautela...
Perguntados sobre uma situação em que o entrevistado não pudesse mais contribuir financeiramente, 44% responderam que suas famílias teriam que cortar gastos, mas não passariam dificuldades. Aproximadamente um terço (36%) manteria o modo de vida atual e 17% não teriam como se sustentar.
A pesquisa indicou aumento na contratação de produtos e serviços de proteção entre os brasileiros, sendo que, atualmente, 46% da população possui algum seguro e/ou plano de previdência privada. Dos entrevistados, 26% possuem seguro funeral, 18% têm seguro de vida e 11% contrataram seguro invalidez. Apenas 9% dizem ter algum plano de previdência privada, sendo que 28% gostariam de contratar um plano no próximo ano a fim de garantir uma reserva para o futuro (motivação apontada por 51% das pessoas). Temos, portanto, um importante caminho pela frente para aumentar o nível de conscientização dos brasileiros!
Em abril, o presidente da Visão Prev, Marcelo Pezzutto, fez uma live sobre “Estratégias para antecipar a sua aposentadoria” que abordou as principais vantagens da previdência complementar (clique aqui para saber mais).
Aqui no Blog, temos vários artigos para ajudar você (e seus familiares) a se planejar melhor: