Visão de Vida

ESG e você: a importância da comunicação inclusiva

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A linguagem é a mais poderosa ferramenta de interação humana. Com ela, aprendemos, ensinamos, transmitimos nossos pensamentos, conhecimentos, sentimentos e também, infelizmente, alguns preconceitos que acreditamos não ter, mas que se manifestam de maneira aparentemente “inocente” ou “engraçada” em termos, frases e expressões que podem ferir ou magoar outras pessoas.

Por vezes, são meras repetições ouvidas ao longo dos anos e que, antes, não eram vistas como agressivas. No entanto, com a evolução dos costumes e um cuidado cada vez maior com a diversidade, é importante – muito importante! – aprender a usar e promover uma comunicação mais cautelosa e inclusiva.

Foi com esse objetivo que a Comissão de Diversidade da Visão Prev desenvolveu o “Guia de Comunicação Inclusiva”. O propósito é ajudar na identificação e eliminação de conteúdos que possam dificultar a garantia de respeito e dignidade para todos.

O pilar “Social” do ESG

A ideia de compartilhar esse Manual com nossos participantes faz parte do compromisso da Visão Prev com os princípios ESG. Dessa forma, visamos multiplicar o impacto de nossas ações em relação ao tripé meio ambiente, sociedade e governança (clique aqui e veja como estamos alinhados com esses princípios).

A intenção é estimular que todos possamos cuidar dessas três frentes em nosso dia a dia. Para isso, divulgamos em setembro uma matéria sobre o pilar Meio Ambiente, abordando algumas atitudes para uma vida mais sustentável por meio da avaliação de nossa “pegada ecológica” (clique aqui para ler).

Pois agora vamos falar do pilar “Sociedade” e nada melhor para isso do que pensar na linguagem que usamos em nosso cotidiano. Vamos entender um pouco mais desse tema?

Do que estamos falando?

Precisamos partir do princípio de que todos – absolutamente todos! – devem ser tratados de forma digna e respeitosa, independentemente de sua orientação sexual, identidade de gênero, etnia, credo, idade ou qualquer outra característica pessoal. Isso demanda o entendimento de três conceitos essenciais:

  • Diversidade – contempla a pluralidade, a multiplicidade e a diferença entre pessoas, culturas e ideias.
  • Equidade – aborda a garantia de que todos tenham acesso às mesmas oportunidades e recursos, independentemente das diferenças, para alcançar resultados justos e igualitários.
  • Inclusão – assegura que todos se sintam valorizados e percebam que sua participação é relevante.

Mas eu não digo nada para ofender...

Muitas vezes não nos damos conta de que certos comentários, expressões e ditados supostamente inofensivos podem estar carregados de preconceitos velados. As pessoas a quem eles se dirigem podem ficar ofendidas mesmo que nem sempre se sintam à vontade para expressar seu desconforto. Para evitar essas situações, o melhor é eliminar em nossas interações afirmações que envolvam:

  • Capacitismo – presumir, de forma equivocada, que uma pessoa com deficiência é limitada e adotar uma postura de superioridade em relação a ela. Expressões como “fingir demência”, “dar uma de cego”, “parecer retardado” e “não ter braço para fazer alguma coisa” reforçam esse preconceito.
  • LGBTfobia – usar termos que diminuem ou expõem pessoas pertencentes à comunidade LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans, Queer, Intersexuais, Assexuais e outros). Expressões como “homossexualismo” (o sufixo “ismo” está ligado a doenças; fale “homossexualidade”), “sapatão”, “caminhoneira”, “traveco”, “afeminado”, “trabalho de macho” e “nem parece gay/lésbica/trans” demonstram hostilidade.
  • Sexismo – pode afetar qualquer gênero, mas é particularmente usado contra mulheres por meio de estereótipos que reforçam a crença de que um sexo ou gênero é superior a outro. O sexismo extremo pode fomentar o assédio sexual, estupro e outras formas de violência sexual. Expressões como “mulher tem que se dar ao respeito”, “a maior função de uma mulher é ser mãe”, “você é tão bonita (ou outros comentários sobre a aparência física)”, “usando essas roupas, o que ela queria?”, “minha ex é louca” e “essa é mulher pra casar” revelam discriminação.
  • Racismo – envolve atitudes estruturais na constituição de nossa sociedade sobretudo contra a população negra, mas se direciona também a indígenas e judeus, entre outros grupos. Expressões como “a coisa tá preta”, “cabelo de bombril”, “inveja branca”, “denegrir”, “serviço de preto”, “ter carta branca”, “programa de índio”, “muito cacique pra pouco índio”, “judeu só pensa em dinheiro” e “judiar” reproduzem a intolerância.
  • Etarismo – está ligado à discriminação relativa à idade de uma pessoa, tanto por ser velha ou jovem “demais”. Expressões como “isso é coisa de jovem”, “você não aparenta essa idade”, “ele poderia ser pai dela”, “ela não tem mais idade pra isso”, “ele é muito novo para saber o que diz”, “isso é atitude de jovem” e “novinha” marcam essa visão.

Que tal conhecer o conteúdo completo?

O “Guia de Comunicação Inclusiva” é muito estimulante, pois nos incentiva de forma direta e simples a abraçar a diversidade de modo construtivo e ético. Para acessar o conteúdo completo, é só clicar aqui.

Você pode compartilhar o material com seus colegas e familiares! Assim, contribui para a construção de uma sociedade mais aberta e respeitosa.

A Comissão de Diversidade

Em 2021, a Visão Prev passou a adotar iniciativas em prol da diversidade em sua cultura organizacional. Para isso, foi criada a Comissão de Diversidade, com quatro frentes de atuação: Gênero, LGBTQIA+, PcD (Pessoas com Deficiência) e Raça. A Comissão já organizou uma série de ações como campanhas de doação de sangue, arrecadação de alimentos e de agasalhos, visando atuar dentro do pilar “Sociedade” do ESG. Além disso, avalia temas para discussões internas com uma visão propositiva e que desperte a reflexão.

“Buscamos desenvolver projetos que sensibilizem para essas questões e criem um ambiente inclusivo e respeitoso, gerando aumento de produtividade e criatividade por meio da diversidade nas equipes e estimulando políticas e práticas justas”, destaca Lailson Alves de Araújo Júnior, analista de Controle de Gestão e membro da Comissão. Sua colega na equipe, Mayara Seghetto Martins de Souza, analista de Experiência do Cliente, complementa: “Trabalhar com o grupo me trouxe novas perspectivas. Dentro da Comissão, praticamos constantemente a empatia e pude entender melhor as dificuldades e experiências de pessoas com identidades e realidades diferentes das minhas. Adquiri um olhar de admiração e afeto pelas diversas formas de ser e existir.”

dezembro de 2024