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Sem dúvida, todos nós passamos por inúmeras transformações ao longo dos anos. Mas Manoel Alves dos Santos, aposentado do plano Visão Telefônica, realmente virou sua vida do avesso em diversos momentos, acumulando uma trajetória cheia de recomeços, conquistas e aprendizados impressionantes.
Aos 73 anos, Manoel até já escreveu um livro – “Maroto, o menino do sertão” – contando um pouco dessas experiências que ele também compartilhou conosco em uma entrevista com muitas risadas, algumas lágrimas e incontáveis reflexões sobre força, determinação, humildade e ousadia.
Por tudo isso e muito mais, ele foi selecionado para representar os nossos assistidos no evento online organizado pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) para comemorar o Dia Nacional do Aposentado, em 24 de janeiro. A celebração contou com palestras sobre saúde e bem-estar – clique aqui para conferir as apresentações.
Um menino bem maroto
“Nasci no dia 27 de maio de 1950 no município de Itabaianinha, no sertão do Sergipe. Fui um menino travesso e um jovem independente e namorador que dava muito trabalho para os pais. Por isso, o padre me chamava de Maroto e assim fiquei conhecido. Não queria saber de escola, só de trabalhar e frequentar o forró. Saí de lá pela primeira vez aos 15 anos para Buerarema, na Bahia, onde consegui emprego na colheita de cacau. Além de trabalhar bastante, gostava de frequentar festas noturnas. Esse gosto me colocou em algumas encrencas! Acabei sendo despedido, voltei para minha cidade, vendi um cavalo, peguei o dinheiro e parti para São Paulo, onde diziam que eu teria muitas oportunidades!”
O primeiro salto
“Cheguei na capital paulista em março de 67. Vim com a cara e a coragem para morar com uns primos. Como era analfabeto e não tinha documentos, foi um começo bem difícil. Mudei, então, para a cidade de Álvares Machado, onde trabalhei como peão em uma fazenda de amendoim e algodão. Ali fui estimulado a estudar, comecei a gostar (achava incrível aprender verbos, adjetivos, pronomes e tantas outras coisas) e me esforcei muito. Trabalhava o dia inteiro, tomava banho no rio, jantava e andava 4 quilômetros para ir e voltar da escola. Assim, consegui o diploma do quarto ano primário.”
De volta a São Paulo
“Em maio de 69, voltei para São Paulo e consegui emprego em uma metalúrgica como ajudante geral, mas ganhava pouco e queria uma ‘profissão’ (palavra que só conheci naquele momento) para melhorar de vida. Voltei aos estudos e avancei até me tornar técnico em eletrônica. Em 78, fiz estágio na Telesp e fui efetivado um ano depois. Daquele menino maroto, só restavam agora boas lembranças e uma grande determinação.”
Muito orgulho
“Trabalhei na empresa por quase 25 anos. Fiz minha vida lá, aprendi, me desenvolvi e conheci muita gente. Participei da preparação para a privatização que foi concluída em 1998, fiz parte do time responsável pela implantação da primeira rede de transmissão de dados por fibra ótica no Brasil. Tenho orgulho da minha trajetória e do progresso da telefonia e da internet nesses anos todos. Saí da Telefônica como técnico pleno no dia 4 de maio de 2004 porque, como digo, eu queria beber água em outros rios.”
Criação de gado nelore
“Tinha comprado um sítio em 98 e expandi para uma fazenda em 2003 na cidade de Capela do Alto, a 134 quilômetros da capital. Ali comecei a criar gado nelore de exposição – inclusive utilizei o saque de 25% dos recursos da minha aposentadoria para essa finalidade – e entrei em um novo mundo, muito sofisticado e difícil. Mas, é claro, aceitei o desafio! Cheguei a ter uma bezerra doadora de embriões (implantados em vacas de barriga de aluguel para aprimorar a qualidade dos bezerros) e a vencer uma grande exposição em São Paulo no ano de 2010. Já pensou? Aquele menino do sertão chegar até ali? Eu não fiquei rico, mas tinha muita satisfação com aquilo tudo.”
Mais mudanças
“Em 2013, resolvi mudar de novo e comecei a criar gado para abate. Em 2020, outra guinada: passei a construir casas para vender em Tatuí. Depois disso, finalmente decidi parar de vez, pois já era hora de desacelerar. Vendi tudo e mantenho hoje um sítio, com oito bois, onde moro. Faço academia, natação, caminhadas, cuido da horta, do pomar e do jardim. O que aprendi com o que vivi? Que há sempre novas experiências e desafios à espera de quem quer ir mais longe e está atento às oportunidades, com ousadia, determinação e humildade!”
A previdência complementar
“Comecei na Fundação Sistel e depois me tornei participante da Visão Prev. Somando a parte contributiva e a aposentadoria, tenho quase 44 anos de previdência complementar! Valorizo muito esse benefício que me deu tranquilidade para viver todas essas fases. Tenho um filho de 40 anos que já é participante do Mais Visão, assim como minha ex-esposa. Essa segurança é fundamental! Por isso, fiquei tão feliz e honrado ao ser escolhido para representar os aposentados da Visão Prev. Nós contamos com vantagens excepcionais em nosso dia a dia, sobretudo rentabilidade e atendimento diferenciados, transparência e profissionalismo na gestão.”
Um livro
“Há alguns anos, resolvi escrever um livro sobre minha trajetória. Quis registrar os fatos e as pessoas que me ajudaram a dar os passos mais importantes da minha vida como um agradecimento. Não fazemos nada sozinhos! Tudo o que somos é fruto das relações que construímos pelo caminho, nesses encontros e desencontros. O livro se chama ‘Maroto, o menino do sertão’ e conta em detalhes boa parte das minhas experiências.”
Manoel cedeu gentilmente o acesso ao livro para nossos leitores
Clique aquipara conhecer melhor essa história impressionante!