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Mais equilíbrio nas emoções. Melhor saúde financeira.
A tomada de decisões financeiras é uma tarefa diária que pode impactar significativamente nossas vidas. É muito importante compreender como o cérebro humano funciona para evitar atitudes impulsivas e garantir o sucesso financeiro a longo prazo.
De acordo com o best-seller “Rápido e Devagar:Duas Formas de Pensar”, do psicólogo Daniel Kahneman, existem dois modelos diferentes de pensamento: o Sistema 1, que é rápido, intuitivo e automático; e o Sistema 2, que é lento, lógico e racional. Ambos são capazes de influenciar os nossos julgamentos e escolhas, inclusive as financeiras. Para o autor, que é ganhador do Prêmio Nobel de Economia e um dos fundadores da Economia Comportamental, devemos compreender essas duas formas de pensar para, assim, sermos capazes de identificar as “peças” pregadas por nossas mentes.
Além disso, todo tipo de situação que cause alguma alteração de humor e de percepção, como traumas, ansiedade, estresse e outros, tem a capacidade de afetar a nossa condição de escolha. E isso acontece porque o nosso comportamento e as alterações neurofisiológicas estão totalmente interligados.
O psiquiatra e especialista em dependência, Dr. Newton Maldonado, explica: “Muitas vezes, tentamos compensar o mal-estar que esses transtornos causam de forma ilusória, ao comprarmos compulsivamente”.
Porém, esse tipo de atitude impulsiva é capaz de “maquiar” o sofrimento por alguns instantes, proporcionando satisfação e contentamento. Segundo estudo publicado na revista científica Psychology and Marketing, poucas sensações são tão prazerosas como aquelas causadas pelas compras. Pesquisadores afirmam que os efeitos do consumo são semelhantes aos que os dependentes de drogas costumam sentir.
Somos estimulados o tempo todo a consumir e os esforços de marketing contribuem com esse processo. Com estratégias que usam e abusam das nossas vulnerabilidades emocionais, fica ainda mais difícil manter o controle diante de propostas tão atraentes. Dr. Newton Maldonado explica que é completamente natural, vez ou outra, seguirmos as tendências e cairmos nas teias do consumo; afinal, é uma enxurrada de informações chegando o tempo todo, principalmente das redes sociais, onde “todo mundo parece tão feliz”…
No entanto, o que precisamos perceber é se algumas atitudes impulsivas estão se tornando exageradas e se estamos perdendo o controle, seja consumindo desenfreadamente ou contratando linhas de crédito sem planejamento, por exemplo. Além disso, é importante avaliarmos se os problemas financeiros estão afetando as nossas relações pessoais, familiares e até mesmo a nossa sobrevivência.
Então, para você não cair nas armadilhas do cérebro, separamos algumas dicas:
Faça um planejamento financeiro e tenha o controle dos seus ganhos e gastos.
Corte o supérfluo: tente eliminar as compras desnecessárias. E sempre que for ao supermercado, leve uma lista do que precisa adquirir.
Resista às facilidades do crédito: cuidado com os parcelamentos, mesmo sem juros. O ideal é pagar tudo à vista.
Evite ter vários cartões: utilize apenas um cartão de crédito ou, no máximo, dois.
Se você não estiver se sentindo bem emocionalmente, procure sair e se distrair, conversar com amigos ou praticar uma atividade física. E claro, se não passar, busque ajuda profissional.
Quando precisar tomar decisões rápidas que envolvam suas finanças, procure respirar, pensar e ter cautela. Lembre-se: os principais golpes relacionados a dinheiro acontecem em razão da pressa e da correria do dia a dia.
Mantenha os seus investimentos seguros, procurando uma instituição de confiança. Pense no futuro, mas olhando também para o presente!