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Em 2024, a Visão Prev chega aos seus primeiros 20 anos! Para comemorar esse marco, vamos publicar várias matérias sobre as principais conquistas dessas duas décadas. Esta é a quarta entrevista da série, com João Marcos Ruzzante.
NOSSO ENTREVISTADO
João Marcos Ruzzante foi o primeiro diretor de Investimentos da Visão Prev, sendo responsável pela estruturação da área, operacionalização dos três primeiros perfis de investimentos (Conservador, Moderado e Agressivo) e por atravessar momentos complexos como a crise financeira mundial de 2008. Desde 2016, quando se desligou da entidade, João é participante autopatrocinado do plano Visão Telefônica.
Como foi a estruturação da área de Investimentos?
Costumo brincar que fiz parte da pré-história da entidade, pois comecei a cuidar dos investimentos em meados do ano 2000, ainda dentro da Diretoria de Planos na Sistel, ou seja, antes mesmo da criação da Visão Prev. Quando passamos a ter efetivamente uma estrutura própria, além de mim, havia um analista de investimentos, que fazia o monitoramento e análise da performance dos papéis e gestores, e uma analista na parte de tesouraria e contabilidade. Cuidávamos da gestão de um patrimônio inicial de cerca de R$ 2,5 bilhões que já colocava a Visão Prev entre as maiores do país. Aos poucos, o time foi crescendo e tivemos que construir um carro em movimento, com segurança e eficiência. Foi bastante desafiador!
Logo de início, um desses desafios foi a criação dos perfis de investimentos, certo?
Com certeza! Quando tomamos essa decisão, havia apenas uma ou duas entidades que apresentavam opções para os participantes. Identificamos a possibilidade de disponibilizar esse diferencial quando houve a migração do plano BD (Benefício Definido) para o CD (Contribuição Definida), um modelo mais moderno e versátil. Assim, podíamos oferecer portfólios com três faixas de investimentos de renda variável: Agressivo (de 10% a 40%), Moderado (0% a 30%) e Conservador (somente renda fixa).
Esse processo envolveu um grande compromisso da Visão Prev com a educação financeira de seus participantes para que pudessem tomar as decisões mais adequadas às suas necessidades, características e capacidade de risco. Para isso, criamos uma ferramenta praticamente inédita até mesmo entre os bancos – o teste de perfil de investidor – para ajudar na identificação da melhor alternativa para cada pessoa.
Como foi a escolha dos primeiros gestores externos e seu acompanhamento?
Esse modelo já existia na Diretoria de Planos na Sistel. Quando começamos a atuar, fizemos uma grande concorrência com os gestores de mercado, visando reduzir as taxas de administração e aprimorar os serviços recebidos.
Iniciamos por análises quantitativas e qualitativas de possíveis parceiros. Ou seja, estudamos, para cada um deles, seus índices de rentabilidade x risco, bem como sua estrutura de análise e tomada de decisão. Assim, selecionamos nossos cinco primeiros gestores e obtivemos taxas administrativas bastante diferenciadas.
Isso tudo numa época em que os recursos tecnológicos eram bem precários...
Sim. Ainda usávamos aparelhos de fax para nossa comunicação e a estrutura de monitoramento era toda em planilhas de Excel! Nas operações com os gestores, nós fazíamos boletas, imprimíamos, assinávamos e mandávamos por fax. Aí tínhamos que ligar para confirmar o recebimento e checar se estava tudo legível conforme o pedido de resgate ou aplicação solicitado para assegurar que fossem feitas as operações corretas. Era realmente um trabalhão! Depois, foram chegando os sistemas para esse acompanhamento e a digitalização dos processos representou um grande salto na forma como executávamos nossas atividades e controles.
A crise financeira de 2008 ocorreu na sua gestão. Ela foi um dos maiores testes enfrentados pela Visão Prev até então?
De forma geral, sim, pois foi uma situação de enorme turbulência que assustou muito os participantes, sobretudo em função dos acentuados resultados negativos da renda variável por um período relativamente longo. Nesse momento, novamente, foi essencial o processo de construção da educação financeira para evitar decisões precipitadas, visto que nossa seleção de ativos sempre foi muito criteriosa. Crises econômicas são eventos cíclicos e, por isso, a coerência e conscientização na escolha do perfil é tão importante. O desafio é explicar essas questões para os participantes em meio a conjunturas mais complexas.
Quando se desligou da Visão Prev, você resolveu seguir como autopatrocinado de seu plano. Por que tomou essa decisão?
Continuo até hoje como autopatrocinado do Visão Telefônica. Em primeiro lugar, porque valorizo muito a previdência complementar como um item essencial de meu planejamento financeiro para a aposentadoria, sobretudo considerando a imprevisibilidade do futuro da Previdência Social.
Em segundo lugar, porque tenho confiança plena no trabalho feito dentro da Visão Prev. Participei de perto de sua estruturação e sei o profissionalismo, a segurança, os controles e a expertise existentes nos bastidores da entidade.
Acompanhe nossa cobertura dos 20 anos da Visão Prev