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Pensando nos brasileiros como um todo, qual é o percentual de pessoas que consegue economizar? Como? De que maneira elas se informam sobre investimentos? Quais as opções de aplicações mais usadas? Por meios físicos ou digitais? Que características procuram em um investimento?
Essas são algumas das perguntas do “Raio X do Investidor Brasileiro”, pesquisa quantitativa anual realizada pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) em parceria com o instituto Datafolha. Em sua 7ª. edição, a pesquisa procura traçar o perfil e o comportamento dos entrevistados em relação às finanças, considerando aspectos de gênero, orientação sexual, idade e classe social.
Vamos aos principais dados da pesquisa?
A amostra
Estresse financeiro
O percentual de pessoas que conseguiram economizar caiu de 32% em 2022 para 30% em 2023. Mesmo assim, um em cada três entrevistados (34%) teve gastos acima da sua renda no ano passado. Questionados sobre o quanto as preocupações com despesas, falta de dinheiro e não pagar as contas em dia são motivos de estresse, 52% deram notas entre 8 e 10, os maiores níveis da escala. Entre os não investidores, o índice é superior, de 57%. Já entre os investidores, o índice cai para 45%.
Confira nossa matéria sobre descontrole financeiro, depressão e ansiedade.
Quem economiza
Os motivadores para economizar seguiram o padrão dos anos anteriores. Não há diferenças significativas por classe econômica, com exceção da classe A/B que conseguiu controlar mais suas despesas (23%). Em relação à faixa etária, quem mais cortou gastos foram a geração Z (16 a 27 anos) e os millennials (28 a 42 anos) que representam 51% do público que poupou no ano. Pessoas que cursaram o ensino superior também controlaram mais as despesas (25%).
Essas foram as principais atitudes adotadas por quem conseguiu poupar* (vale a pena seguir esses exemplos!):
Diminuiu gastos/deixou de sair – 44%
Evitou compras desnecessárias – 22%
Controlou despesas – 19%
Guardou uma parte do salário todo mês – 17%
Trabalhou mais – 12%
Pesquisou preços para comprar coisas mais baratas – 4%
Não fez dívidas – 4%
* era possível escolher mais de uma opção
Os investimentos
Na amostra, 63% dos entrevistados afirmaram não fazer nenhum tipo de investimento. A fatia da população que investe em produtos financeiros apresentou leve alta em 2023 na comparação com o ano anterior, de 36% para 37%.
O estudo indicou que a aplicação em produtos financeiros (como renda fixa, títulos públicos, ações, poupança e previdência privada) foi o principal destino para o dinheiro economizado (42%), com crescimento significativo em relação a 2022 (38%). Veja para onde foram as economias de quem investiu*:
Aplicou em produtos financeiros – 42%
Guardou em conta corrente/ainda não fez nada/ está guardado – 17%
Comprou imóvel/casa própria/terreno – 7%
Comprou carro/moto/caminhão – 6%
Reformou/construiu uma casa – 5%
Investiu em negócio próprio/capital de giro – 5%
Acabou gastando nas despesas da casa/aluguel – 4%
Pagou dívidas – 3%
* era possível escolher mais de uma opção
Os produtos financeiros usados
Entre as opções financeiras mencionadas, a caderneta de poupança continua aparecendo em destaque, sobretudo entre pessoas acima de 43 anos. Esses foram os produtos financeiros mais citados:
Caderneta de poupança – 25%
Títulos privados – 5%
Fundos de investimento– 4%
Moedas digitais – 4%
Ações na bolsa de valores – 2%
Plano de previdência privada – 2%
Títulos públicos via Tesouro Direto – 2%
Moedas estrangeiras – 1%
Ouro – 1%
A pesquisa permite mais de uma opção de resposta, sendo que 3% guardam dinheiro em casa e 4% investem na compra e venda de imóveis.
Confira nossa matéria sobre a questão da poupança como investimento.
Bancos tradicionais x digitais
Em 2023, quando perguntadas sobre as instituições financeiras que conhecem, aumentou o percentual de pessoas que citaram de forma espontânea os bancos digitais (sem agência), com um índice de 33% (era 24% em 2022). O crescimento aparece tanto entre o público investidor (40% em 2023 x 33% em 2022) quanto para quem não investe (28% em 2023 e 19% em 2022). A geração Z (16 a 27 anos) é a que mais tem conta em bancos digitais (66%).
Como se informam sobre investimentos
Esses são os meios preferidos pela população investidora para obter informações e tomar suas decisões:
Gerente ou assessor/a presencialmente – 28%
Amigos/parentes – 18%
Sites de notícias– 12%
Aplicativos e sites de bancos ou corretoras de investimentos – 12%
Influenciadores financeiros – 5%
Portais/fóruns de investimentos/blogs – 3%
Gerente ou assessor/à distância – 4%
Consultorias ou casas de investimentos – 5%
Não busca informações/não possui um meio principal – 9%
A aposentadoria
No levantamento, 86% dos entrevistados não são aposentados. Desse grupo, apenas duas em cada dez pessoas (19%) já começaram a fazer sua reserva para a aposentadoria, o que aponta a falta de educação previdenciária entre a população e a urgência de incluir esse tema no planejamento financeiro.
Quanto à idade para sair da ativa, 69% dos não aposentados pretendem se aposentar entre 50 e 69 anos. A média de idade é de 59 anos, independentemente da classe social. Uma em cada dez pessoas (11%) não soube responder em que idade deseja se aposentar, enquanto 5% não pensam no tema. Metade dos entrevistados não aposentados consideram que o INSS irá compor a maior parte de sua renda na aposentadoria.
Confira nossa matéria sobre os dados de uma pesquisa específica relacionada à aposentadoria feita pela Fenaprevi.
Quer saber mais sobre a pesquisa da Anbima?
Clique aqui e veja outras informações sobre o perfil do investidor brasileiro, com dados abertos por gênero, orientação sexual, idade e classe social.