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Em 2024, a Visão Prev chega aos seus primeiros 20 anos! Para comemorar esse marco, vamos publicar várias matérias sobre as principais conquistas dessas duas décadas. Esta é a terceira entrevista da série, com Gilmar Camurra.
NOSSO ENTREVISTADO
Gilmar Roberto Pereira Camurra ocupou o cargo de CFO (Chief Financial Officer) do Grupo Telefônica no Brasil entre 1999 e 2013, permanecendo mais dois anos nos Conselhos de várias empresas do Grupo. Foi o primeiro presidente do Conselho Deliberativo da Visão Prev, onde permaneceu até 2015. Hoje, ele é nosso assistido no plano PreVisão.
Quando marcamos nossa entrevista sobre os 20 anos, o senhor comentou que é uma alegria equivalente a ver o sucesso de um filho. Poderia nos falar sobre essa conexão especial?
Eu acompanhei a Visão Prev desde os primeiros passos. É extremamente complexo formar e consolidar uma entidade fechada de previdência complementar. Tivemos que lidar com inúmeras variáveis, pois o sistema brasileiro é muito complicado, com normas de todos os tipos, além das próprias regras da Telefônica. Foi um desafio imenso e olhar aonde a Visão Prev chegou nesses 20 anos só pode nos trazer muita satisfação. É realmente como se fosse aquele orgulho que sentimos ao ver o sucesso de um filho!
Como foi o início de tudo?
Assumi o cargo de CFO da Telefônica em 1999, sendo responsável por todo o planejamento financeiro da empresa. Um dos primeiros projetos que assumi foi justamente o da segregação dos ativos vindos da Sistel para nosso plano de previdência. Era uma iniciativa ao mesmo tempo financeira e de recursos humanos, pois dizia respeito à formação do patrimônio voltado à aposentadoria de nossos funcionários. Tratava-se, portanto, de um projeto de responsabilidade das duas áreas, cada uma com sua expertise.
A segregação envolveu discussões e negociações detalhadas por parte de todos os envolvidos. O sucesso se deu com a dedicação e o trabalho de muitas pessoas que não citarei em função do risco de esquecer alguém. Ou seja, durante a privatização, tivemos que decidir que papéis iriam para cada empresa que estava criando seu plano a partir dos diversos ativos que compunham a carteira de investimentos do plano PBS na Sistel. Só depois disso, foi feita a transferência física e legal para o nosso plano que ofereceu a opção de migração para o Visão Telesp, já no modelo de Contribuição Definida (CD).
Nessa segunda etapa, já se começou a trabalhar na configuração e gestão do plano?
Exatamente. Tínhamos um time de quatro pessoas que ficou alocado dentro da minha área (Vice-Presidência Financeira), no prédio da Telefônica na Rua Martiniano de Carvalho, em São Paulo. Sua missão era administrar a transferência das pessoas para o novo plano e gerir os recursos migrados, bem como cumprir todas as exigências legais dos órgãos fiscalizadores. Era realmente muita responsabilidade: todo dia aparecia alguma coisa nova para ser resolvida, pois estávamos lançando as bases para a criação da Visão Prev.
Como surgiu a ideia de oferecer perfis de investimentos?
A carteira do plano PBS, na Sistel, tinha 70% dos investimentos em renda fixa e 30% em renda variável e resolvemos manter essa distribuição em nosso plano CD. Acontece que, quando a Bolsa subia, os participantes reclamavam porque queriam mais recursos em ações e, quando a Bolsa caía, eles se queixavam porque tinha um percentual muito grande em renda variável… Aí resolvemos lançar três perfis de investimentos para que cada um pudesse escolher a carteira que mais se adequava a suas características e expectativas, com diferentes graus de alocação em renda variável: Agressivo (de 10% a 40%), Moderado (0% a 30%) e Conservador (somente renda fixa). A opção podia ser alterada nos meses de julho e dezembro.
Como foi esse processo?
Tivemos um trabalhão nessa implantação, pois a possibilidade de escolha e alteração exige que se vendam e comprem papéis, conforme as opções feitas. Era uma ginástica bastante complicada, mas foi algo inovador no sistema, uma vez que poucas entidades ofereciam esse diferencial. Isso ocorreu no início de 2006, quando tínhamos cerca de 11 mil participantes. Era algo complexo e ousado, mas nos permitiu evidenciar, logo de cara, o compromisso da Visão Prev com a satisfação dos participantes.
Para concretizar as inovações que buscávamos, fomos também reforçando a equipe que passou a operar com mais profissionais e especialistas em diversas áreas como seguridade, atuária, investimentos, controles, contabilidade, jurídica, comunicação e atendimento.
Quais os outros diferenciais apresentados nessas duas décadas?
Sem dúvida, foram as várias ações de governança, com definições que, muitas vezes, se antecipavam às exigências legais com o intuito de garantir maior segurança à gestão a partir das melhores práticas de mercado. Um bom exemplo é o estabelecimento das Políticas de Investimentos dos planos que determinam os intervalos de distribuição nos diversos papéis, com critérios claros para compra e venda de ativos.
Outro exemplo foi a formação do Comitê de Investimentos que representou mais uma inovação da Visão Prev para agregar maior transparência às decisões relativas à alocação do portfólio, inclusive com uma vaga oferecida a um representante da AVISÃO (Associação dos Participantes dos Planos da Visão Prev). Nos Conselhos Deliberativo e Fiscal, também passou a haver vagas para membros eleitos pelos participantes e assistidos.
Além disso, merecem destaque o lançamento de mais dois perfis (Super Conservador e Agressivo Renda Fixa Longo Prazo) e a criação do plano PreVisão.
Como nasceu o plano PreVisão?
Esse desenvolvimento aconteceu ao longo de 2014. Era um plano com um formato inovador, especialmente pensado para atender às demandas dos assistidos que queriam maior previsibilidade no recebimento de seu benefício mensal. Desenhamos, então, uma alternativa que protegia os recursos das turbulências do mercado financeiro. Abrimos uma janela de migração opcional (total ou parcial) para os assistidos e o plano foi muito bem recebido, com uma estrutura baseada em um compromisso de rentabilidade (inflação + uma taxa), sem escolha de perfil de investimentos e definição de renda na adesão sem possibilidade de alteração. Eu mesmo optei pelo PreVisão para todo o meu patrimônio na entidade.
Como é ser aposentado pela Visão Prev?
Sou assistido do PreVisão desde dezembro de 2020. É uma tranquilidade muito grande: o dinheiro entra rigorosamente na conta no dia previsto, somos sempre bem informados sobre tudo o que se passa com a entidade e seus planos e sabemos que a Visão Prev tem profissionais de altíssima qualidade em todas as áreas. Enfim, tudo funciona perfeitamente, valeu a pena!
O que lhe traz mais orgulho ao pensar nesses 20 anos?
Creio que as novidades que conseguimos implementar e os paradigmas que não hesitamos em quebrar. Tenho muita satisfação em ver como a Visão Prev vem se superando a cada ano nos mais diversos aspectos que compõem as suas atividades, inclusive com forte uso de tecnologia em seus processos internos e nas interações com os participantes, estabelecendo marcas muito importantes de sua atuação em todo o sistema de previdência complementar fechada em nosso país. Nunca nos contentamos com o beabá, preferimos inovar e entregar o melhor para nossos participantes!
Acompanhe nossa cobertura dos 20 anos da Visão Prev